De acordo com a Lusa, a resolução, redigida pelos Estados Unidos da América (EUA), foi adoptada com nove votos favoráveis dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU, registando-se a abstenção de seis países: Rússia, Moçambique, Argélia, China, Serra Leoa e Guiana.
Além de renovar até 31 de Maio de 2025 as sanções, a resolução prorroga também o mandato do Painel de Especialistas do Comité de Sanções do Sudão do Sul até 1 de Julho de 2025.
"As medidas descritas nesta resolução continuam a desempenhar um papel fundamental na promoção da paz e da estabilidade no Sudão do Sul e em toda a região”, defenderam os Estados Unidos da América, após a votação.
O número de Estados-membros que se absteve ontem aumentou face à última votação sobre o tema, evidenciando que se trata de uma questão controversa no Conselho de Segurança.
Países como França, Reino Unido e Estados Unidos defendem que as sanções são uma ferramenta útil para manter a pressão sobre as partes para implementar o "Acordo de Paz Revitalizado de 2018 sobre a Resolução do Conflito na República do Sudão do Sul”.
Estes membros consideram que o embargo de armas, inicialmente imposto em Julho de 2018, contribuiu para a redução da violência ao restringir o fluxo de armamento para o Sudão do Sul, e temem que a ausência desse embargo afecte ainda mais a situação de segurança.
País mais jovem do mundo, o Sudão do Sul vive uma instabilidade desde a sua independência do Sudão em 2011. Entre 2013 e 2018, precipitou-se numa sangrenta guerra civil entre os políticos Riek Machar e Salva Kiir, que resultou em quase 400 mil mortos e milhões de deslocados.
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